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domingo, 10 de abril de 2011

Classificação Vocal


Passeando pelo twitter encontrei esta postagem da Blacy Gulfier, sabe quem é ela???
Conheça suas credenciais e depois se delicie com este texto postado por ela em seu blog.
Você também pode segui-la no twitter.

Ela é Bacharel em Fonoaudiologia, Doutora em Ciências Medicas pela USP, Mestre em Psicobiologia pela USP. Especialista em Voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Docente do Centro Universitario Adventista de Sao Paulo. Preparadora e Produtora Vocal. Amante e Pesquisadora da Voz em suas mais diversas formas.


Classificação vocal, é um assunto muito sério. Uma classificação vocal inadequada, pode influenciar diretamente na saúde vocal do cantor.


Alguns cantores ainda acreditam, que o bonito é cantar em um determinado naipe ... em tonalidade mais aguda ou mais graves.

Definitivamente, a beleza vocal não esta em cantar em um determinado naipe e sim, explorar sonoridades, elementos vocais e habilidades em cada naipe.

A classificação vocal não deve ser feita comparando a voz cantada com a voz falada pois, voz falada e voz cantada são realidades diferentes (no que se refere a fisiologia vocal – ajustes fonatorios ).

Alguns cantores, possuem uma flexibilidade muscular grande, que os permite cantar utilizando uma tessitura vocal maior. Vale aqui descrever, que TESSITURA vocal é diferente de EXTENSÃO vocal.

TESSITURA VOCAL - Refere-se aos tons que o cantor pode emitir sem esforço, e com habilidades vocais.

EXTENSÃO VOCAL - Refere-se ao máximo de tons que o cantor pode emitir tanto nas freqüências graves, quanto nas freqüências agudas. Nesta medição, o que esta sendo avaliado e a maior possibilidade muscular vocal, do cantor.

Não se deve cantar jamais dentro da Extensão vocal ou seja, não é por que o cantor alcança aquela nota que ela pode ser cantada com saúde e habilidade vocal.

A classificação vocal deve englobar alguns parâmetros tais como:

1. O exame de videolaringoestroboscopia (onde podemos ver a flexibilidade das pregas vocais nos diferentes tons e termos resultados especificos de frequencias emitidas)

2. A classificação do naipe vocal à partir de tabelas classificatórias cientificas de tessitura e extensão. Nestas tabelas, é possível observar a confortabilidade vocal nos diferentes registros, bem como as quebras nas passagens dos registros e estabilidade vocal nos diferentes tons.

3. Observação e anotações do preparador vocal em relação às habilidades vocais do cantor.

A avaliação da tessitura vocal deve ser periódica. Se considerarmos o desenvolvimento e a aquisição de novos ajustes vocais, ela ira variar de acordo com o desenvolvimento vocal do cantor.

Já a extensão vocal varia de acordo com fatores ligados ao desenvolvimento ontogênico do ser humano (mudanças anatômicas que ocorrem de acordo com as diferentes idades de vida)

Muitos cantores desenvolvem problemas vocais por uma classificação vocal inadequada.

A dor e a rouquidão, podem ser um sinal de que alguma coisa não está bem.

Se todas as vezes que você faz uso da voz para o canto, você sente dor, ou fica rouco logo em seguida ou durante a apresentação ou ensaio, provavelmente você esta usando sua musculatura vocal de maneira inadequada e se esforçando para produção de tons que não sejam confortáveis a você.

Você deve passar por nova avaliação em relação a sua classificação vocal e procurar um fonoaudiólogo especialista em voz que possa melhor orientá-lo.

Abraços,
Nádia Teixeira

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