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terça-feira, 31 de agosto de 2010

O desenho e o desenvolvimento das crianças


Nas buscas do BLOG há muitos temas ligados à Educação Infantil, em especial o desenho.
Após pesquisa, a colaboração é oriunda da NOVA ESCOLA, lá a gente encontra muiiiiitttaaaaaaaaaa coisa boa. Artigos, textos, experiência, planos... realmente é uma avalanche de possibilidades para aprimorar o trabalho de todos nós, através da leitura, análise, reflexão, poderemos aproveitar e adaptar o que preciso for à nossa realidade de sala de aula.
Aproveite para ler este artigo e deixar seus comentários a respeito deste tema...
A responsável pelo texto é a Thais Gurgel e os agradecimentos são direcionados à Creche Central da Universidade de São Paulo (USP) , clicando no link da NOVA ESCOLA lá em cima, você poderá buscar este e outros temas...
Boa leitura!!!




"Sabia que eu sei desenhar um cavalo? Ele está fazendo cocô."
"Vou desenhar aqui, que tem espaço vazio."
"O cavalo ficou escondido debaixo disso tudo!" Joana, 3 anos

No início, o que se vê é um emaranhado de linhas, traços leves, pontos e círculos, que, muitas vezes, se sobrepõem em várias demãos. Poucos anos depois, já se verifica uma cena complexa, com edifícios e figuras humanas detalhados. O desenho acompanha o desenvolvimento dos pequenos como uma espécie de radiografia. Nele, vê-se como se relacionam com a realidade e com os elementos de sua cultura e como traduzem essa percepção graficamente.

Toda criança desenha. Pode ser com lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação - ao ver os adultos escrevendo ou os irmãos desenhando, por exemplo. "Com a exploração de movimentos em papéis variados, ela adquire coordenação para desenhar", explica Mirian Celeste Martins, especialista no ensino de arte e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A primeira relação da meninada com o desenho se dá, de fato, pelo movimento: o prazer de produzir um traço sobre o papel faz agir.

Os rabiscos realizados pelos menores, denominados garatujas, tiveram o sentido ampliado sob o olhar da pesquisadora norte-americana Rhoda Kellogg, que observou regularidades nessas produções abstratas (veja no topo da página o desenho de Joana, 3 anos, e sua explicação). Observando cerca de 300 mil produções, ela analisou principalmente a forma dos traçados (rabiscos básicos) e a maneira de ocupar o espaço do papel (modelos de implantação) até a entrada da criança no desenho figurativo, o que ocorre por volta dos 4 anos.

No período de produção de garatujas, ocorre uma importante exploração de suportes e instrumentos. A criança experimenta, por exemplo, desenhar nas paredes ou no chão e se interessa pelo efeito de diferentes materiais e formas de manipulá-los, como pressionar o marcador com força e fazer pontinhos. Essa atitude de experimentação tem valor indiscutível na opinião de Rhoda: "Para ela 'ver é crer' e o desenho se desenvolve com base nas observações que a criança realiza sobre sua própria ação gráfica", ressalta Rosa Iavelberg, especialista em desenho e docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), no livro O Desenho Cultivado da Criança: Práticas e Formação de Educadores. Esse aprendizado durante a ação é frisado pela artista plástica e estudiosa Edith Derdyk: "O desenho se torna mais expressivo quando existe uma conjunção afinada entre mão, gesto e instrumento, de maneira que, ao desenhar, o pensamento se faz".

De início, a criança desenha pelo prazer de riscar sobre o papel e pesquisa formas de ocupar a folha.

Com o tempo, a criança busca registrar as coisas do mundo.

Uma das principais funções do desenho no desenvolvimento infantil é a possibilidade que oferece de representação da realidade. Trazer os objetos vistos no mundo para o papel é uma forma de lidar com os elementos do dia a dia. "Quando a criança veste uma roupa da mãe, admite-se que ela esteja procurando entender o papel da mulher", explica Maria Lúcia Batezat, especialista em Artes Visuais da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). "No desenho, ocorre a mesma coisa. A diferença é que ela não usa o corpo, mas a visualidade e a motricidade." Esse processo caracteriza o desenhar como um jogo simbólico (veja abaixo o comentário de Yolanda, 5 anos, sobre seu desenho).



"Esse aqui não é um coelho. Não me diga que é um coelho porque é um boi bebê. Eu estou fazendo uma galinha que foi botar ovo no mato. Quer dizer, uma menina que foi pegar plantas no mato para dar ao marido." Yolanda, 5 anos

Muitos autores se debruçaram sobre as produções gráficas infantis, analisando e organizando-as em fases ou momentos conceituais. Embora trabalhem com concepções diferentes e tenham chegado a classificações diversas, é possível estabelecer pontos em comum entre as evolutivas que estabelecem. Pesquisadores como Georges-Henri Luquet (1876-1965), Viktor Lowenfeld (1903-1960) e Florence de Mèridieu oferecem elementos para a compreensão dos desenhos figurativos das crianças, destacando algumas regularidades nas representações dos objetos.

Desenhar é uma forma de a criança lidar com a realidade que a cerca, representando situações que lhe interessam.

Mais cedo ou mais tarde, todos os pequenos se interessam em registrar no papel algo que seja reconhecido pelos outros. No começo, é comum observar o que se convencionou chamar de boneco girino, uma primeira figura humana constituída por um círculo de onde sai um traço representando o tronco, dois riscos para os braços e outros dois para as pernas. Depois, essa figura incorpora cada vez mais detalhes, conforme a criança refine seu esquema corporal e ganhe repertório imagético ao ver desenhos de sua cultura e dos próprios colegas.

Uma das primeiras pesquisas dos pequenos, assim que entram na figuração, é a relação topológica entre os objetos, como a proximidade e a distância entre eles, a continuidade e a descontinuidade e assim por diante. Em seguida, eles se interessam em registrar tudo o que sabem sobre o modelo ao qual se referem no desenho, e é possível verificar o uso de recursos como a transparência (o bebê visível dentro da barriga mãe, por exemplo) e o rebatimento (a figura vista, ao mesmo tempo, por mais de um ponto de vista). Assim, a criança se aproxima das noções iniciais de perspectiva e escala, estruturando o desenho em uma cena, sem misturar na mesma produção elementos de diferentes contextos (veja abaixo a produção de Anita, 5 anos, que detém essas características).



"Vou desenhar a minha casa. Aqui é o portão e tem uma janela aqui." Anita, 5 anos
"Dá para ver a sua mãe dentro de casa?" Repórter
"Não, porque a porta parece um espelho. Só daria se a janela estivesse aberta." Anita
O desenho é espontâneo ou é fruto da cultura?

Entre os principais estudiosos, há uma cizânia. Há os que defendem que o desenho é espontâneo e o contato com a cultura visual empobrece as produções, até que a criança se convence de que não sabe desenhar e para de fazê-lo. E há aqueles que depositam justamente no seu repertório visual o desenvolvimento do desenho. Nas discussões atuais, domina a segunda posição. "A única coisa que sabemos ser universal no desenho infantil é a garatuja. Todo o resto depende do contexto cultural", diz Rosa Iavelberg.

Detalhes da figura humana, noções de perspectiva e realismo visual são elementos da evolução do desenho.

Essa perspectiva não admite o empobrecimento do desenho infantil, mas entende que a criança reconhece a forma de representar graficamente sua cultura e deseja aprendê-la. Assim, cai por terra o mito de que ela se afasta dessa prática quando se alfabetiza. "O desenho é uma forma de linguagem que tem seus próprios códigos", diz Mirian Celeste Martins. "Para se aproximar do que ele expressa, é preciso fazer uma escuta atenta enquanto ele é produzido." Para Mirian, a relação entre a aquisição da escrita e a diminuição do desenho ocorre porque a escola dá pouco espaço a este quando a criança se alfabetiza - algo a ser repensado em defesa de nossos desenhistas.

* Os desenhos e os diálogos publicados nesta reportagem são de crianças de 3 a 5 anos da Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dica para aprimorar a escrita da nossa Língua Portuguesa



Oi Pessoal!

A Gláucia - Coordenadora Pedagógica de Campo da AMS enviou por e-mail uma grande dica para todos nós que precisamos escrever muito.
Foi lançado um site, intitulado UM PORTUGUÊS www.umportugues.com    com o intuito de nos ajudar neste período de transição entre a antiga e a nova ortografia.
O site possui um verificador de ortografia. Você copia ou digita o texto que deseja analisar e ele, além de corrigir as palavras que estão escritas de modo incorreto, também explica o porquê dos erros.
Esta iniciativa é muito útil e muitíssimo interessante.
Vamos aproveitar???
Divulgue!!!

Muitooooo Obrigadooooooooo Gláucia!

Abraços e até mais!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO E AUTONOMIA: UMA DISCUSSÃO CRÍTICA A PARTIR DAS RESPONSABILIDADES POLÍTICAS DO ENSINO

Oi gente... falar de formação continuada é nunca esgotar possibilidades...
Este artigo da Henriqueta foi trabalhado no Grupo de Estudos do CAC, e será estudado pelo Grupo de Estudos da AMT também...
Ele nos auxilia na reflexão sobre nossas políticas, práticas, mas também pontua a busca da autonomia que vem a partir de nossas ações refletidas... será que ainda estamos engaiolados, ou já conseguimos saber o que queremos e consequentemente conquistar a almejada autonomia?
Saliento que o texto está na sua íntegra, como a autora escreveu. Por ser anterior à Nova Ortografia, o mesmo apresenta ortografia com variações das últimas atualizações.
Boa leitura... deixe seu parecer!!! Deixe seu comentário e recadinho!!!




Henriqueta Alves da Silva (autora)

Há quem diga que a educação liberal e positivista não nos conduz a caminhos burocráticos e instrumentalistas com sua submissão ao mercado de capital instituindo um forte controle e centralismo, dificultando a autonomia da escola. Porém, a autonomia da escola pública só se realiza quando o povo politizado for cidadão participativo e exigir seus direitos. (CASSOL, 2007).


A escola que hoje buscamos não está mal gerenciada porque seus métodos, currículos são irrelevantes, mas pelas condições que a população tem enquanto dominada e massacrada por ideologias. A pobreza política está reproduzindo características de repressão no acesso às vantagens sociais e principalmente na educação quando dita “superior”. Se popularizada ela deixará de ser superior, elitizada (DEMO, 1994). A educação tornou-se mercado competitivo com características de liberdade individual, de capacidades pessoais e abdicação do coletivo. Há, urgentemente, a necessidade de questionar essa lógica e sair do isolamento do poder central no espaço das relações escolares e motivar para a consciência e participação. A autonomia da escola deve manter relações dialógicas efetivas e envolventes com a comunidade, pois a educação é uma das formas de conhecimentos que possibilitam aprendizado/alfabetização política, um meio de libertar diante da ignorância e partir para a reflexão e conscientização da realidade social.

O conhecimento deve ser a possibilidade de um “parto”. Tal método visa promover o “aparecimento” da verdade que se oculta no interior do ser humano. Aprender significa trazer à tona o verdadeiro conhecimento mediante um procedimento adequado do educador e uma necessidade intrínseca do estudante.

Para Sócrates (FOEKER, 2006) o sentido da educação não é meramente transmitir conhecimentos, mas chegar a perfeição humana, transformando o homem numa criatura capaz de pensar e agir de maneira adequada refletindo sobre o seu meio e aperfeiçoando sua conduta.

A educação formal ou pedagógica é uma educação que executa métodos, estabelece regras e constitui executores especializados em determinada área de conhecimento, mas ela não deve ficar presa a métodos sem que sua formação coincida com o social. A cada ano que passa, um número expressivo de professores é licenciado na área da educação e já vem corrompido, ou seja, a desvalorização do professor inicia nos próprios cursos de formação nos quais ele não recebe a qualidade necessária para exercer sua função principal de educador. Quando o professor chega na sala de aula acaba cumprindo currículos, sem sair dos conteúdos ditatoriais e se transforma em executor de uma educação tradicional apenas avaliando a memorização e a repetição de conteúdos. Além disso, há uma grande e indigesta desvalorização do Estado à educação e da qualidade do conhecimento acumulado com universidades preocupadas com o financeiro, ou seja, a mercantilização do ensino.

Nietzsche (in NEUKAMP, 2007) pensou em sua época a educação moderna como nefasta por pressupor métodos antinaturais de ensino com a redução da cultura através da ampliação da especialização.

Pensava essa tendência como uma visão utilitária da cultura dominada por critérios quantitativos de especializar o maior número possível de pessoas para o mercado de trabalho.

Hoje se percebe que a realidade não é diferente. Há número de escolas técnicas e até mesmo universitárias que se especializam por suporem maiores chances de trabalho. Esta concepção conduz a superficialização do espírito e ao entorpecimento do impulso crítico. A educação essencial para a formação do homem foi deixada de lado, o homem não se atreve a ser ele mesmo, tudo é comandado pela lógica econômica e não com o intuito de elevação da cultura. Apenas o próprio interesse do mercado.

Com a tecnologização do ensino ocorreu a separação entre a concepção e a execução. Os professores tornaram-se apenas cumpridores dos currículos reduzindo sua intervenção ao planejamento superficial e já programado. Assim, a educação em vez de progredir para o conhecimento e a formação intelectual crítica e reflexiva reduziu os docentes a meros objetos do conhecimento, apenas executores de tarefas. O professor nesse processo de depósito do conteúdo ao aluno está cumprindo uma educação “bancária” constituindo a alienação e a ignorância, pois não dá possibilidade do sujeito criar, transformar e conhecer a realidade. Então, como libertar da ignorância e partir para a conscientização de uma educação autônoma?

O problema está na forma como a educação é vista. Há uma acomodação com a idéia da especialização para não ficar fora do mercado de trabalho e que impede ver o quanto se está sendo iludido por ideologias mercantilistas. O favorecimento da robotização do trabalho barra o exercício reflexivo pela pressão da agilidade, do isolamento de colegas proibindo assim, a troca de experiências e discussões com o outro, além de manter a todos alienados e desprovidos de crítica.

A conscientização dessas realidades deve partir da sociedade acadêmica, pois é lá que ainda paira a oportunidade de expressão dos pensamentos e questionamento da realidade educacional. Sempre que alguém ficar apenas engolindo tudo o que é transmitido continuará na mesma lógica estabelecida. A libertação da ignorância só se concretiza a partir da consciência crítica e do pensamento ativo e reflexivo obtido com a visualização da realidade social. O homem consciente é aquele que comanda “seu próprio destino. E amanhece o horizonte dos direitos, contra o dado e contra a imposição. Ator e não expectador.
Criativo, não produto”. (DEMO, 1994, p. 17).

O que acontece atualmente em muitas escolas é o processo da forte legitimidade do conhecimento científico no qual ocorre um brutal adestramento de métodos e fórmulas que reduzem o acesso ao conhecimento universal do aluno e racionalizam a sociedade a um processo de aplicação de conhecimentos específicos e científicos a serviço de interesses que se apresentam ao mesmo tempo neutros e absolutos. (CONTRERAS, 2002). “A ciência se justifica por seu método e não questiona suas visões de mundo” (CONTRERAS, 2002, p. 62). A perda da autonomia cidadã é um dos principais limites da educação, pois supõe a falta de controle sobre o próprio trabalho da escola perdendo o sentido real e ético da educação.

O ensino só é autônomo quando elaborado por pensamento próprio no qual os docentes desenvolvem um trabalho compromissado com a criação de possibilidades educativas no ensino e críticos às limitações que encontram no decorrer de suas tarefas.

Contreras (2002) discute uma das idéias vivenciadas pela comunidade educacional que é a falta de autonomia do professor profissional. O professor deve superar as limitações e as posições precedentes que venho revelando durante toda a progressiva da educação. O professor deve adquirir certas “capacidades”
para trabalhar com eficiência e qualidade no campo educacional. Contreras reflete três dimensões de profissionalidade de professores; o especialista técnico que considera sua autonomia como status ou atributo, tem dependência técnica, insensibilidade para os dilemas, incapacidade de resposta criativa diante da incerteza.

O profissional reflexivo aquele que tem responsabilidade moral individual, equilíbrio, capacidade para resolver criativamente as situações-problema. O intelectual crítico tem a autonomia como emancipação, liberação profissional e social das opressões, consciência crítica dirigida à transformação das condições institucionais e sociais do ensino. Desses modelos de professores profissionais deve ficar claro que Contreras não leva a adscrição, ou seja, não subordina a ideologia do profissionalismo, mas defende algumas qualidades necessárias ao ato de ensinar. Contreras elege o professor intelectual crítico como o melhor “modelo” que a educação precisa para concretizar um ensino de qualidade e autônomo.

A educação deve primar pela qualidade, compromisso e responsabilidade social, sua política precisa sair do mero aprender reprodutivo e mensurável, resistir processos técnicos e instrumentalizadores e partir para uma educação voltada para a construção do pensamento, do raciocínio correto e executar um comportamento social necessário e apropriado. Pois, “o que estamos presenciando atualmente é um processo no qual o discurso liberal acaba por fixar as formas como podemos pensar a sociedade e, nesse processo, termina por nos fixar a nós próprios como sujeitos sociais”. (SILVA, 2002, p. 16).

A escola deve ser um lugar de aprendizado no contexto de uma busca da verdade. “A verdade não pode estar definida pelo Estado, nem sequer por meio de processos democráticos: um controle estrito do currículo e dos métodos pedagógicos da escola é equivalente ao controle totalitário da arte” (CONTRERAS, 2002, p. 130). Ela deve manter um diálogo condizente com os alunos e com o interesse legítimo da sociedade. Deve ensinar questionar e buscar respostas a suas próprias perguntas, sempre coletiva e reflexivamente.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASSOL, Claudionei Vicente. Autonomia da escola Pública no Norte do RS: Da crise de Projeto nas Escolas Estaduais à Inter-Subjetividade Criadora. ÁGORA, Revista Eletrônica. Junho de 2006, 02, p. 28-39. Disponível em: www.agora.ceedo.com.br.

CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002.

DEMO, Pedro. Pobreza Política. São Paulo: Autores Associados, 1994.

FOELKER, Rita. O parto do conhecimento. Discutindo filosofia, revista, nO 5, ano 1, p. 32-33, 2006.

GENTILI, Pablo A. A. et al. Neoliberalismo, qualidade total e educação. Visões críticas. Petrópolis: Vozes,2002.

NEUKAMP, Elenilton. A educação de seu tempo. Disponível em: http:

//forumdefilosofia.worpren.com/2007/06/12/as-criticas-do-professor-nietzsche-aeducaçaodeseutempo/. Acessado: 10 de outubro de 2007.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Leitura... Revista Gestão - Nova Escola

Cada dia me convenço mais de que não é possível dissociar desenvolvimento educacional de leitura... E você, o que acha???
A Revista Gestão - NOVA ESCOLA acaba de chegar nas bancas, com enfoque pontual na formação de toda equipe administrativa e pedagógica através da leitura... leitura para quem administra, leitura para quem auxilia, leitura para quem aprende, leitura para quem ensina; a leitura compartilha toda uma educacão acumulada por vários e vários anos.
As edições anteriores da Revista Gestão já contemplava muito a formação continuada para o grupo pedagógico, agora o objetivo permeia toda a equipe, não apenas a pedagógica... a repercussão? Certamente será alunos que serão bons leitores, cidadãos mais críticos e reflexivos, sem falar na grandeza profissionais muito mais qualificados, preparados...
Precisamos ampliar nossas Bibliotecas para abrir espaço para a equipe e alunos, e ao mesmo tempo incentivar a leitura para toda nossa comunidade... leitura por prazer, leitura para estudar, leitura para  compreender... LEITURA...
Leitura como hábito deve ser nossa meta... assim como o ar... não ficar sem ela... até mesmo para nossa vida espiritual, sem o hábito da leitura da Bíblia, como vamos nos fortalecer? Vamos ler???
Acesse o link e descubra quantas coisas maravilhosas estão disponíveis online para todos nós...
Clique Aqui!
Seja você um administrador, professor, funcionário, aluno... não importa... a leitura é para todos nós!!!
Que tal criar grupos de leitura?
Estes grupos podem ser os mais variados... tipo:
1. Grupos de Leitura Literária
2. Grupos de Leitura de Poesias
3. Grupos de Leitura de Histórias Infantis
4. Grupos de Leitura ... que você quiser... que você se identificar... se criarem estes grupos é só nos informar que divulgaremos aqui, ok?

Poste seu comentário... vai ser muito bom saber sua opinião e ideias.

Até a próxima!!!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

OS DEZ MANDAMENTOS PARA A PAZ NA FAMÍLIA

Nada melhor do que a família para aprendermos a ser melhores, nada melhor do que a família para desenvolvermos nossa base segura, nada melhor do que a família para aprendermos a amar a Deus e aos outros...
Mandamentos são feitos para nosso bem, para o bem dos outros, para todos nós... que esta reflexão seja significativa pra você!


1. Tenha fé e viva a Palavra de Deus, amando o próximo como a si mesmo...

2. Ame-se, confie em si mesmo, em sua família e ajude a criar um ambiente de amor e paz ao seu redor...

3. Reserve momentos para brincar e se divertir com sua família, a diversão aproxima as pessoas...

4. Converse mais com seus filhos, marido, esposa, etc, dê-lhes carinho, apoio e atenção: na hora que tiver que puxar a orelha, não passe a mão na cabeça, mas tudo com amor... Quem ama educa!

5. Participe com sua família da vida deles, dos amigos, evitando as más companhias e diversões que incentivem a violência...

6. Procure resolver os problemas com calma e aprenda com as situações difíceis, buscando em tudo o seu lado positivo...

7. Partilhe seus sentimentos com sinceridade, dizendo o que você pensa e ouvindo o que os outros têm para dizer...

8. Respeite as pessoas que pensam diferente de você, pois as diferenças são uma verdadeira riqueza para todos... Lembre-se: filhos, maridos, esposas, pais, mães, etc não pensam igual... Respeite a individualidade de cada um... Ame cada um, sem cobranças...

9. Dê bons exemplos, pois a melhor palavra é o nosso jeito de ser...

10. Peça desculpas quando ofender alguém e perdoe de coração quando se sentir ofendido, pois o perdão é o maior gesto de amor que podemos demonstrar... Cura qualquer ferida...

Colaboração: Giseli Barros

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cinquenta e nove universidades federais vão utilizar nota do Enem em 2010


É gente... mais e mais universidades federais aderem ao NOVO ENEM, fato esse que nos mostra que precisaremos buscar cada vez mais trabalhar em nossas escolas com esta nova forma de ensinar e aprender que perpassa a prova do ENEM.
Nossa viagem não poderá ser muito longa para a mudança, mas a mochila deve estar recheada de estratégias para direcionar os nossos alunos para as novas exigências... que caminhos você tem percorrido???
Deixe seu comentário no final ...

A Agência Brasil divulgou...

Agência Brasil

Cinquenta e nove universidades federais vão utilizar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 em seus processos seletivos. Em 35 instituições o Enem será a única forma de seleção em substituição ao vestibular tradicional, seja para todos os cursos ou para parte das vagas.
As universidades federais do Triângulo Mineiro, de Campina Grande (PB), de Santa Maria (RS) e a Rural da Amazônia vão utilizar o resultado do participante do Enem como parte da nota do vestibular. Em seis instituições, o exame substituirá a primeira fase do processo seletivo e em três universidades será utilizado para preencher vagas remanescentes que não tenham sido preenchidas no processo seletivo tradicional.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), há ainda 11 universidades federais que aderiram ao Enem, mas ainda não definiram como utilizarão o resultado em seus processos seletivos.
Veja abaixo como cada uma das 59 instituições aderiu ao exame.
- Instituições que utilizarão o Enem como fase única
Universidade Federal do Rio Grande (Furg): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal Fluminense (UFF): adotará o Enem como fase única para 20% das vagas.
Universidade Federal de Itajubá (Unifei): adotará o Enem como fase única (à exceção de quatro cursos de engenharia que necessitam de prova específica)
Universidade Federal da Paraíba (UFPB): destinará 10% das vagas do vestibular de 2011 para o Enem como fase única.
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal de Pelotas: (Ufpel): adotará o Enem como fase única.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal do Pampa (Unipampa): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal do ABC (UFABC): adotará Enem como fase única.
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): utilizará o Enem como fase única para parte dos cursos.
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM): utilizará o Enem como fase única para 50% das vagas.
Universidade Federal de Lavras (Ufla): adotará o Enem como fase única para a maior parte das vagas.
Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ): utilizará o Enem como fase única para 10% das vagas; para os outros 90%, o aluno pode optar por usar o Enem ou fazer o vestibular.
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal da Bahia (UFBA): adotará o Enem como fase única somente para os cursos de bacharelado interdisciplinar (artes, ciências e tecnologia, humanidades e saúde).
Universidade Federal do Ceará (UFC): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal do Maranhão (UFMA): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal do Amazonas (Ufam): 50% das vagas serão destinadas ao ingresso pelo Enem como fase úncia.
Universidade Federal de Roraima (UFRR): adotará o Enem como fase única para 20% das vagas.
Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa): adotará o Enem como fase única.
Universidade Federal de Viçosa (UFV): adotará o Enem como fase única para 20% e para as demais usará o exame como complementação de nota.
Universidade Federal do Paraná (UFPR): adotará o Enem como fase única para preencher 10% das vagas. Para as demais vagas, usará o Enem como complementação de nota.
Universidade Federal de Uberlândia (UFU): adotará o Enem como fase única para parte das vagas. Para as demais, o Enem será utilizado como primeira fase.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN): utilizará o Enem como fase única para alguns cursos.
Universidade Federal do Acre (Ufac): utilizará o Enem na totalidade das vagas de filosofia; em 50% das vagas do curso de música e para os demais cursos somente em vagas remanescentes.
- Instituições que utilizarão o Enem como complementação da nota do vestibular
Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra)
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
- Instituições que utilizarão o Enem como primeira fase do vestibular
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal de Rondônia (Unir)
- Instituições que utilizarão o Enem para preencher vagas remanescentes
Universidade Federal de Alagoas (Ufal)
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Universidade de Brasília (UnB)
- Instituições que aderiram ao Enem, mas ainda não definiram a sua utilização
Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Universidade Federal de Alfenas (Unifal)
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)
Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Universidade Federal do Amapá (Unifap)

Colaboração: Eleni Wordell
 
Agora é só postar seu comentário!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vestibulares estão sobrecarregando o ensino médio, diz Haddad

Ministro discursou no encerramento da reunião da SBPC, em Natal. Segundo ele, professor não tem espaço para aprofundar o que é ensinado

Iberê Thenório do G1, em Natal


O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (30) que os professores do ensino médio estão sobrecarregados por causa da existência de muitas provas diferentes de vestibular no país, e que não conseguem aprofundar o conteúdo ensinado. “Estamos sobrecarregando o ensino médio, e o professor - para não falar do aluno - é uma das maiores vítimas. Ele é obrigado a cumprir um programa tão extenso que não permite a ele entrar no assunto com profundidade”, afirmou o ministro na conferência de encerramento da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorreu nesta semana em Natal.

De acordo com Haddad, esse problema deve ser superado pelo novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Acho que o Enem vai ajudar a organizar um currículo mais racional, mais adequado, ao mesmo tempo menos abrangente mas mais aprofundado, com mais espaço para discussão em sala de aula, e não esse rolo compressor que é a assimilação mecânica de "matéria”, afirmou. A partir de 2009, o Enem foi aplicado com um novo formato, com 180 questões e uma nova metodologia de cálculo, que permite comparar a evolução das escolas ao longo do tempo. Nos exames anteriores, a prova tinha 63 questões e uma redação. A prova tem sido usada pelas universidades federais para complementar ou mesmo substituir o vestibular. “A reformulação do Enem veio atender o desejo dos secretários de educação que não têm como administrar a quantidade de vestibulares que este país tem”, afirmou Haddad.
 
Colaboração: Pr. Ivan Góes
 
Só posso concordar com o Ministro Haddad, realmente há uma exigência mecanicista que dificulta a aprendizagem do aluno para a compreensão, consequentemente submete o professor a ser um mero reprodutor de conteúdos e não um articulador da busca pelo conhecimento... está na hora de pensarmos em alternativas e propor mudanças... O que você acha???

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Leitura com Prazer


Ler... o que encontramos à nossa volta? O que encontramos no olhar? O que encontramos nos gestos? O que encontramos nas palavras? O que encontramos nos textos? Na matemática? No Português? Na História? Nos conhecimentos humanos?
Tudo, tudo depende da leitura... leitura para conhecer, leitura para esperar, leitura para agir, leitura para falar, leitura para amar, leitura para entender, leitura para aprender, leitura para trabalhar, leitura para ensinar...
Então, nada melhor que um bom livro, uma boa história para despertar o querer ler... que será a base para todas as demais leituras.
Para esse início de conversa, veja esta imagem abaixo,... ela nos envolve? o que ela nos transmite? Veja a posição corporal... a atenção da leitora ao seu livro... o que preenche seus pensamentos? O que eu sinto quando a observo?

No http://entremulhereseletras.wordpress.com/2010/07/15/porque-ler-e-bom-demais/ há esta bela imagem e definições sobre livro e leitura na visão de grandes escritores:

” Os livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores” (Charles Elliot)

” O livro é uma das possibilidades de felicidade de que dispomos” (Jorge Luiz Borges)

” O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive” (Padre Antônio Vieira)

” Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma” (Fernando Pessoa)

” É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido” (José Saramago)

” Sempre imaginei o paraíso como uma grande biblioteca” (Jorge Luiz Borges)

” Se tens um jardim e uma biblioteca, tens tudo” (Marco Túlio Cícero)

“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: O livro fala e a alma responde” (Andre Mauróis)

” Dupla delícia: o livro traz a vantagem da gente estar só e ao mesmo tempo acompanhado” (Mario Quintana)

“Ler é comer e beber. O espírito que não lê emagrece como um corpo que não come” (Victor Hugo)

” Uma boa leitura dispensa, com vantagem, a companhia de pessoas frivolas” (Marques de Marica)

” Feliz daquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina” (Cora Coralina)

” A Leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas, por incrível que pareça, a quase totalidade das pessoas não sente esta sede” (Carlos Drummond de Andrade)

” Que nunca o livro fique longe da tua mão e dos teus olhos” (Sao Jerônimo)

Não é de se inspirar a ler com tantos bons pensamentos?
Na Revista Nova Escola - Edição Especial - Vol. 5, você encontrará uma seleção de histórias para ler... gostar de ler, para crianças e adolescentes... no link deste parágrafo... são mais de 150 textos... tudo ali, facinho para acessar e usar!
A Revista está muito boa mesmo, e além dos textos, há a parte de apresentação da Revista e um artigo ao fim da mesma, com João Luís Ceccantini, que também online no link de seu nome você encontra outras contribuições.
Para quase encerrar nosso papo de hoje, vamos ao "Ritual de Leitura" mencionado na página de apresentação da Edição Especial", próprio para os alunos menores, entretanto com dicas que também servem aos maiores... mesmo porque a gente lê em todas as disciplinas, não é mesmo?

Ritual de Leitura
Ler com as crianças (alunos) exige organização.
Veja como preparar os pequenos para esse momento especial:
1. Treine a leitura, capriche na entonação e interprete a narrativa.
2. Estabeleça um horário fixo e diário para a roda de leitura.
3. Crie um cantinho aconchegante: vale colocar almofadas, apagar algumas luzes para ler à meia luz ou acomodar as crianças sobre um tapete à sombra de uma árvore.
4. Mostre as ilustrações do livro enquanto faz a leitura.
5. Antecipe mistérios da história para facilitar o entendimento.

Ler contagia... o seu brilho no olhar ao contar uma história induz à leitura, o prazer com que se expressa ao falar de um livro empolga os que te rodeiam...

Seja um leitor para que seus alunos também sejam!!!


Até a próxima!!!
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