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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PRINCÍPIOS E LIMITES NA EDUCAÇÃO INFANTIL





  Léia Karina Pablos - Professora da Escola Adventista Centro América,
licenciada em Pedagogia pela Faculdade AVEC –
Associação Várzea-grandense de Ensino e Cultura. E-mail: leia_lkp@hotmail.com
(Trabalho resultante do PQD - Prêmio de Qualificação Docente 2008,
Incluso na Revista Digital - PQD 2008 - Rede Adventista AMT)

RESUMO


A presente reflexão tem como objetivo apresentar a importância de estabelecer uma aproximação a respeito de alguns princípios na educação infantil, que possibilitará à criança o exercício da autonomia para se expressar, da sensibilidade e respeito ao outro, para abrigar diferentes opiniões e sentimentos. Pensa-se em uma construção de princípios e limites que permita o desenvolvimento da alteridade na convivência coletiva, com acolhimento das diferentes singularidades. O vínculo afetivo com o professor torna-se essencial ponto de partida para toda uma ação pedagógica, que usando de estratégias eficazes, poderá desenvolver na criança o sentido ético de escolher o melhor para todos quando decide o que é melhor para si.

Palavras-Chave: Limites, princípios, indisciplina, afeto.


Introdução

Nos nossos dias, cada vez é mais difícil estabelecer limites na educação infantil e fazê-los respeitar. Hoje, a posição do aluno é muito diferente da que conheceram o seu pai e o seu avô. Estes viveram entre a Família e a Escola, em meios homogêneos, onde toda a gente admitia os modos de vida aceitos pela maioria e rejeitava quaisquer outros. Com o efeito da evolução das condições gerais de vida, em todos os meios, as crianças tornaram-se mais independentes, menos dispostas a obedecer à autoridade dos adultos.

As pessoas que rodeiam o aluno, mais propriamente as pessoas da família, influem muito no seu comportamento, pois a criança nasce no seio desta, sendo, portanto, os pais os verdadeiros educadores, a escola apenas reforça essa educação. A extraordinária influência dos que quotidianamente tratam com os alunos reflete-se em muitos dos atos praticados por eles.

A noção de limites está relacionada com a noção de disciplina. Essa concepção de disciplina ou limites, no entanto, baseada em um paradigma estímulo-resposta, tende a cair em descrédito atualmente, pois as pesquisas têm mostrado a necessidade de levar a criança a compreender a relação entre os limites e os princípios morais.

Todos nós temos modos peculiares de educar, adotando um determinado estilo parental, tendo em conta os valores que nos foram transmitidos, bem como, o ideal de educação que fomos construindo.


No intuito de cumprir da melhor forma possível a nossa tarefa, enquanto professores é essencial que possamos refletir sobre os modos de agir com as crianças, desenvolvendo princípios, regras e limites, pois, só assim, a criança terá a oportunidade de ampliar a sua consciência moral e gerir as suas próprias emoções.

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos educadores hoje nas escolas é conseguir trabalhar com a falta de limites dos alunos quase sempre oriundos da falta de princípios que possam nortear o comportamento de convivência saudável com outras pessoas. A incoerência é uma característica comum verificada na grande maioria de nossas crianças.

Este tema é, sem dúvida, demasiado vasto. Tendo em vista a sua amplitude, serão tratadas apenas algumas vertentes, não numa perspectiva de meta de chegada de conhecimentos definitivos, mas de ponto de partida para outras abordagens interativas do ato educativo.

Como o limite constitui, atualmente, uma das questões que são bem discutidas no âmbito escolar, não podia deixar de serem referidos, também, os efeitos positivos que ele produz em relação às crianças.

Portanto, o objetivo que se propõe o presente artigo será identificar concepções de princípios e limites e a falta dele, e como professores e pais poderão utilizar de estratégias e incorporarem no seu cotidiano.

Alguns fatores apontam as causas da falta de limites na educação das crianças de um modo geral, destacando os valores morais e religiosos que sumiram da sociedade moderna. Outro aspecto importante é a ausência dos pais na vida da criança, deixando a educação dela aos cuidados das instituições educacionais.

Esta omissão na educação gerou um sentimento de culpa nos pais, que, para compensar, acabam sendo permissivos em demasia com os seus filhos. É de suma importância o “não” dos pais, assim o filho aprende que na vida nem sempre será feita a sua vontade e que ele precisa atingir a maturidade na idade adulta, caso contrário será uma eterna criança mimada.

No âmbito da educação infantil, a inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada um em particular é constante, dá-se o tempo todo: na sala, no pátio ou nos passeios, e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente.


No Dicionário Aurélio (1994), o verbete afetividade está definido da seguinte forma: “Psicol. Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza.”

Portanto, a afetividade exerce um papel fundamental nas correlações psicossomáticas básicas, além de influenciar decisivamente a percepção, a memória, o pensamento, a vontade e as ações e ser, assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana.

(...) o educador serve de continente para a criança. Poderíamos dizer, portanto, que o continente é o espaço onde podemos depositar nossas pequenas construções e onde elas tomam um sentido, um peso e um respeito, enfim, onde elas são acolhidas e valorizadas, tal qual um útero acolhe um embrião. (SALTINI, 1997, p. 89)
Na condição de educador, é preciso estar atento ao fato de que, enquanto não se der atenção ao fator afetivo na relação educador-educando, corre-se o risco de se estar só trabalhando com a construção do real, do conhecimento, deixando de lado o trabalho da constituição do próprio sujeito, que envolve princípios e o próprio caráter necessário para o seu desenvolvimento integral.

A educação compreende mais que conhecimentos de livros. A devida educação inclui, não somente a disciplina mental, mas aquele cultivo que garante a sã moral e o correto comportamento. (Conselhos sobre Educação - Ellen White, p. 52)
Quem corrige, mesmo querendo o bem do outro, corre o risco de ser mal interpretado, contudo, demonstra um grande amor e cuidado com o outro. Só quem nos ama nos diz “não”. Para educar é preciso esforço, dedicação, perseverança, paciência, sobretudo, amor.

No entanto, no trabalho cotidiano em sala de aula, é possível presenciar, diariamente, cenas de indisciplina das crianças e questionamentos às regras da escola, e quando isso ocorre nos deparamos com aquelas crianças que chamamos de “criança difícil”.

A criança difícil é aquela que coloca repetidamente em perigo a si mesma ou a outros ou que perturba regularmente as atividades de outros por um comportamento descuidado ou agressivo.


O resultado são confrontações diárias, colegas aborrecidos e freqüentes interrupções nas atividades planejadas.

Assim fala MIELNIK (1982):

Crianças excessivamente inquietas, agitadas, com tendências à agressividade, se destacam no grupo pela dificuldade de aceitar e cumprir as normas, às vezes, não conseguindo produzir o esperado para sua idade. Estas crianças representam um desafio para suas famílias e escola, cabendo a estes estabelecer os métodos de orientação mais condizentes a cada situação e estabelecer os níveis de regimes necessários para obtenção da disciplina.(p. 60).
A rejeição e a desaprovação são sentimentos de inferioridade e má-vontade para com os outros. Uma criança rejeitada pelo grupo pode tornar-se mal comportada para chamar atenção sobre si e desta forma aumentar suas sensações de importância individual.

A criança busca sempre a aprovação de outra pessoa, isso é o que ocorre em um contexto social quando um indivíduo provoca uma resposta de outro ser humano. É importante saber que as respostas não precisam ser positivas para significarem aprovação.

Por exemplo, a criança que apanha do pai e só assim tem sua atenção pode achar (inconscientemente) que a violência é um meio efetivo de obter aprovação social.

A criança difícil é difícil de amar, pois seus comportamentos são aleatórios.

Uma estratégia importante é conversar com a criança para compreender sua maneira de se comportar. Após um episódio perturbador, pedir que a criança fale de seus sentimentos e que explique o mau comportamento é útil. O objetivo é ajudar a criança a reconhecer sentimentos e identificar reações emocionais e comportamentais que seguem um padrão.

Pedir para que ela pense como os outros pensam, é apoiar sua construção de visões alternativas de determinado evento, contudo, o encorajamento do grupo para expressar seus sentimentos abertos e honestamente, ajudará ela se confrontar com os seus aspectos hostis do mau comportamento.

Isso fará que a criança comece a reconhecer e rotular sentimentos que não são conscientes. Desafiando-a perceber-se quando quer chamar a atenção, por exemplo.


Uma das primeiras lições que a criança precisa aprender é a lição da obediência. Antes que fique bastante idosa para raciocinar pode ser ensinada a obedecer. Deve estabelecer-se o hábito por meio de um esforço brando e persistente. Assim se podem evitar em grande parte aqueles conflitos posteriores entre a vontade e a autoridade, os quais tanto concorrem para criar hostilidade e amargura para com os pais e professores, e muito freqüentemente, resistência a toda autoridade, humana ou divina. (Conselhos sobre Educação, Ellen White, p. 287)
O objetivo do professor é ajudar a criança a conscientizar-se de seus sentimentos e padrões de reação, bem como oferecer modos alternativos de sentir e reagir. Por exemplo: para uma criança que sempre é a última a chegar à fila, a professora pode oferecer a ela a sugestão de ser sempre a última para ter certeza que todos já chegaram à fila. Esta intervenção paradoxal é efetiva quando traz a consciência da criança sua intenção de ser a última a fim de controlar o grupo e chamar a atenção. Com a sugestão a professora ofereceu um meio direto e aceitável de controle. A criança pode optar por continuar a comportar-se deste modo de acordo com a intenção consciente.

Outro exemplo é trabalhar para valorizar algo da criança (um jogo ou livro que ela traga, ou uma sugestão que faça etc.) e refazer os conceitos e padrões estabelecidos pelo grupo. Sugerir que o grupo mostre como apreciaram a novidade que ela trouxe ou como foi boa sua sugestão. Pensar em modos de construir elos de amizade pela análise das qualidades da criança difícil. À medida que a criança difícil começa a ter experiências mais positivas com os outros é possível que também comece a vincular novos sentimentos positivos a certas interações com outros.

O desafio do professor é ajudar para que a criança tenha repetidamente essas experiências e, assim, possa construir os novos valores como algo permanente. Isto ocorre com tropeços e gradualmente ela os consolidará. É importante que a criança comece a exercitar a vontade, que faça escolhas conscientes nas suas relações com os outros.

Segue algumas diretrizes para lidar com a “criança difícil”: Respeitar, valorizar e acreditar na criança, superando a reação de rejeição do grupo; Reconhecer a necessidade subjacente de formar conexões e vínculos com outros e sua capacidade potencial para superar problemas; Quando a criança testar os limites do professor as respostas devem ser assertivas, pois ela é capaz de sentir qualquer sinal de hesitação; Não reagir com rejeição ou deixar de aprovar, negando os conflitos emocionais da criança, pois fortalecerá mais ainda o sistema de crenças da criança difícil; Não duvidar da capacidade da criança de resolver seus conflitos e cooperar com os outros, pois com esta dúvida ela se conscientizará de sua inadequação; Comunicar respeito, aprovação e fé na criança, reconhecendo seus pensamentos, sentimentos e comportamentos; Aceitar o que ela diz, sente e faz escutar e responder; Prestar atenção na criança. Reconhecer com contato ocular direto ou com um simples gesto de cabeça, ou um “sim” ou “entendo”; Usar a “escuta reflexiva”, repetindo o que a criança disse, tentando entender seus pensamentos e sentimentos, sem julgamentos ou críticas. Isto não quer dizer concordar com o que foi dito; Marcar encontros com a criança para expressar seus sentimentos, mostrando seu carinho e sua preocupação.


Trabalhar deste modo com todas as crianças são princípios que serão úteis para lidar com qualquer criança em momentos difíceis.

Ouço depoimentos de professores relatando histórias de alunos que se negam a fazer lições de casa ou a estudar determinado tema, ou a participar de um trabalho coletivo e, como justificativa, estas crianças dizem que não querem, que é chato. Quando os professores insistem, dando um limite claro, que é importante e necessário fazer determinada atividade escolar, elas replicam, revestidas de autoridade, que não querem fazer e que não vão fazer.

E agora? Como proceder? Estas crianças acreditam que só devem fazer o que lhes dá prazer, o que elas aceitem. Não aceitam submeter-se a um processo mais trabalhoso e mais elaborado. Não aceitam os procedimentos necessários à aprendizagem. Não querem, como se diz em linguagem popular, suar a camisa. Se estes professores recorrem aos pais, eles replicam: "Você viu só? Ela só faz o que ela quer..." ou ainda: "Ele é fogo, não obedece mesmo!".

Muitos pais acreditam que, por não estarem dando a atenção que gostariam de dar a seus filhos, não têm o direito de lhes exigir responsabilidade. "Ela ainda é uma criança...", pensam.

Outra situação relacionada ao fato da culpa por não estar mais perto de seus filhos é o hábito de dar coisas para compensar a ausência, como se este procedimento os redimisse e os tornassem bons pais e merecedores do amor e admiração de seus filhos. Acabam construindo um circuito de prazer em que a frustração deve ser evitada a todo o custo. Quem não se propõe a trabalhar suas dificuldades, a viver situações de estresse e de frustração e a entender a dinâmica social, não poderá inserir-se adequadamente neste contexto. Vale dizer que, ao poupar uma criança do trabalho de crescer, a condenamos a ser eternamente uma criança, imatura e despreparada para o convívio e para o exercício da cidadania.


Os porquês, os princípios e os limites são fundamentais para que a criança entre no universo da razão. É esperado que uma criança só queira viver coisas que lhe deem prazer; no entanto, é fundamental que seus pais e professores lhe mostrem que o esforço faz parte das conquistas. Ninguém morre por não ser atendido em um desejo.

O objetivo da disciplina é ensinar à criança o governo de si mesma. Devem ensinar-se-lhe a confiança e direção próprias. Portanto, logo que ela seja capaz de entendimento, deve alistar-se a sua razão ao lado da obediência. Conselhos sobre Educação, Ellen White, p. 287.
Inicialmente, uma criança obedece por respeitar a pessoa que impõe o limite. Depois, com a repetição e o entendimento de sua lógica, a criança compreende e aceita o limite, e este passa a ter um sentido social, além de uma lógica pessoal. Para que isso ocorra, são necessários muitos "nãos" e seus devidos "porquês", além de uma boa dose de paciência, de escuta e de atenção.

Algumas atitudes favorecem a educação e a colocação de limites que na maioria das vezes, um "não" é uma forma de querer bem à criança, de mostrar preocupação com ela, de mostrar proteção. Fica claro que as crianças necessitam de uma definição clara da conduta aceitável e inaceitável. Sentem-se mais seguras quando conhecem o que podem e o que não podem fazer.

Muitos alunos não respeitam seus professores, e essa indisciplina prejudica o ensino e a aprendizagem. A escola, juntamente com seus professores e orientadores estão tendo dificuldades em estabelecer limites na sala de aula, bem como intervir nos seus maus comportamentos.

Percebe-se que cada vez mais os alunos vêm para a escola com menos limites trabalhados pela família. Muitos pais chegam mesmo a passar toda a responsabilidade para a escola e acabam exigindo da mesma uma postura autoritária.


Para que haja uma mudança, é preciso que alguns papéis sejam resgatados. A família deverá ter participação efetiva, tanto na educação, quanto no aprendizado e, principalmente, na questão dos princípios.

Segue algumas atitudes do professor que favorecem a relação com os alunos: Manter sempre os alunos ocupados porque nada favorece tanto a indisciplina como não ter nada que fazer; Evitar centrar-se num aluno, pois os outros ficarão entregues a si mesmos; Não fazer alarde de rigor. Quando for necessário corrigir, fazê-lo com naturalidade e segurança; Aproximar-se dos alunos de modo amigável, tanto dentro como fora da escola; Estar a par dos problemas particulares dos alunos para poder ajudá-los quando necessário; Se tiver de fazer uma admoestação, que esta seja firme, mas que nunca ultrapasse a linha do amor próprio e seja de preferência em privado; Ser coerente e não justificar as incoerências. Quando houver alguma incoerência o melhor é reconhecê-la e honestamente retificá-la; Ao aplicar-se um castigo deve ser mantido e cumprido, a não ser que haja um grande equívoco que justifique uma mudança de atitude; Não se deve castigar sem explicar clara e explicitamente o motivo do castigo; Evitar ameaças que depois não possam ser cumpridas, pois isso tira o prestígio do professor; Há que ser pródigo em estímulos e reconhecimentos de tudo o que de bom faça o aluno, embora sem exageros ou formas que pareçam não serem sinceras; Mandar o menos possível. O ideal é conseguir com o mínimo de ordens. Mandar o estritamente necessário e com a certeza de que vamos ser obedecidos; A correção deve ser: silenciosa: falar em voz baixa e só por necessidade; sossegada: sem perturbação, impaciência ou exaltação; afetuosa: persuadir pelos sentimentos afetuosos e não pelo discurso; Saber manter o equilíbrio entre a dureza e a amabilidade. A jovialidade e a alegria do professor devem manifestar-se, em todas as circunstâncias.

As crianças precisam de regras vindas de seus educadores, que não podem se esquivar da tarefa de colocar os limites necessários para que elas se desenvolvam bem e consigam se situar no mundo.

Esse estudo terá como metodologia inicial a pesquisa bibliográfica, buscando conhecer a opinião dos diversos autores que comentam o assunto através de livros, artigos, Internet e demais meios disponíveis para consulta.


O método que será utilizado para o desenvolvimento desse trabalho consiste no uso das estratégias de convivência proposta neste artigo, bem como confecção de cartazes ilustrativos do que é e do que não é permitido fazer na escola, como por exemplo, utilizando alguns sinais: Proibição; Obrigação; Rostinho triste, quando um aluno faz algo errado; Rostinho feliz, quando ele tem um bom comportamento.

O presente trabalho será proposto aos alunos da Educação Infantil (Jd. I) do Ensino Fundamental, da Escola Adventista Centro América, pelo fato de haver nesta sala de aula, alguns alunos com problemas de indisciplina, e falta de limites.

A partir desse diagnóstico, serão aplicadas algumas estratégias mencionadas neste artigo, com as quais os alunos aos poucos irão se descobrindo conhecedores da ética e do bom relacionamento.

Conforme a proposta de pesquisa desenvolvida, os resultados obtidos serão possivelmente satisfatórios, tendo em vista este ser um trabalho de caráter contínuo e de longo prazo.



Considerações finais

É preciso considerar os obstáculos envolvidos na construção dos conceitos referente aos princípios, limites e a falta dele.

Acredito que o estabelecimento de princípios e limites está intimamente ligado a um processo que se inicia praticamente desde a barriga da mãe, onde o bebê sente a relação de aceitação, proteção, amparo, orientação, os quais são elementos essenciais para a sua formação.

Estes limites deverão ser claros, constantes e confiáveis para orientar com segurança o caminho a ser percorrido. Limites estes que deverão ser estabelecidos com amor, respeito, carinho, paciência e tolerância, mas também, com firmeza e convicção.

Considerando que a formação de princípios é uma preocupação comum em todo o sistema educacional, pais, familiares, escola, comunidade e a sociedade de um modo geral compartilham da responsabilidade pela educação de nossas crianças.


Portanto, devemos ter sempre em mente que quem educa a criança é o adulto, sendo assim, o tipo de educação dado à criança vai depender do adulto. Este adulto deverá ser seguro e confiante em si mesmo, certo de sua iniciativa e atitudes. Principalmente deverá amar a criança, procurando compreendê-la e aceitá-la sem exageros em suas exigências.



Referências bibliográficas

DeVries, Rheta, A ética na educação infantil: o ambiente sócio - moral na escola.

Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

DICIONÁRIO AURÉLIO. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Editora Nova Fronteira.

MIELNIK, Isaac. O Comportamento Infantil: Técnicas e Métodos para entender Crianças. 2.ª edição, São Paulo: Ibrasa, 1982.

Revista Urutágua, Centro de Estudos Sobre Intolerância - Maurício Tragtenberg Publicada em 03.12.04 - Última atualização: 18 agosto, 2005.

Revista Leonardo Pós, vol. 1 n.3 - ago.-dez./2003, Órgão de Divulgação Científica e Cultural do ICPG 28.

SALTINI, Cláudio J. P. Afetividade & Inteligência. Rio de Janeiro: DPA, 1997.

WHITE, Ellen – Conselhos sobre Educação.

http://nuep.org.br/apr.php

WWW.recantoinfantil.com.br

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