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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

RECREIO DIVERTIDO: RESGATANDO VALORES ATRAVÉS DE BRINCADEIRAS

Um breve comentário (Prof. Nádia Teixeira):
O PQD - Prêmio de Qualificação Docente, faz parte do Projeto "EducAção + 10" da Rede Adventista de Educação para o Estado do Mato Grosso.
O mesmo é uma  alusão à projetos desenvolvidos, ou estudados pelos Professores e Funcionários da Instituição Adventista na área Educacional. Os trabalhos selecionados são publicados na Revista Digital (CD) do PQD anualmente. Este é um projeto que incentiva a pesquisa e o desenvolvimento profissional do professor ou funcionário.
Quer saber mais? Poste um comentário, ou envie um e-mail para: nadia.teixeira@adventistas.org.br




Elys Moraes atuou como Monitora da Escola Adventista Centro América, no ano de 2008, sendo aluna do curso de  Pedagogia na Universidade do Estado do Paraná (UNOPAR) E-mail – elysmoraes@hotmail.com
 RESUMO

Este artigo apresenta a importância de se prevenir a indisciplina escolar. Somos sabedores que a solução para problemas de disciplina, coordenação motora, agressão na escola são grandes desafios a todos que se dedicam ao ensino. Essa realidade também é observada com os monitores escolares, exigindo deste profissional habilidade, agilidade, cuidado e bom senso ao abordar uma criança ou um grupo de crianças com diferentes anseios. O monitor precisa desenvolver uma conversa, brincadeiras ou aprendizagens orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma que possam comunicar e expressar seu modo de agir, de pensar e de sentir. Este artigo procura analisar as relações existentes entre o contexto das instituições educativas no que se refere ao papel do monitor escolar e o comportamento das crianças. Procuro apresentar uma articulação entre o projeto abordado, que consiste em práticas da atividade de pular corda, e a prática do currículo formal, transformando e aprimorando a qualidade da educação nas instituições escolares.
Palavras-chave: Monitor escolar, Disciplina, Indisciplina, Brincadeiras.

Monitor escolar: Brincar com disciplina

O Brasil tem um desafio, que é o de educar, e toda a sociedade civil e os governantes são os responsáveis pela vitória. Sabe-se que não é um desafio simples, tendo em vista a realidade educacional no país, a nossa crise ética, a discriminação e a violência reafirmam a necessidade de uma nova concepção de Escola e a sua nova responsabilidade na formação de cidadãos conscientes.

Na realidade, a aprendizagem, principal função social da escola na perspectiva da formação cidadã, envolve a aquisição de um conjunto de informações, habilidades e valores, todos socialmente relevantes. Também é evidente que, de forma complementar à importante atuação do professor em sala de aula, ocorrem significativos processos educativos nos demais ambientes da escola.

Avanços significativos na democratização do acesso, especialmente ao ensino fundamental, e na permanência do estudante na escola vêm possibilitando uma progressiva universalização do ensino. O atendimento às demandas oriundas do aumento da escolarização provocou a reestruturação da rede física nos sistemas de ensino, ocasionando a construção de mais e maiores prédios escolares, a contratação de mais trabalhadores, devido ao aumento das funções pedagógicas, administrativas e das denominadas “de apoio” ao projeto pedagógico e ao processo de ensino-aprendizagem. Esses funcionários, outrora identificados por serviçais, servidores, auxiliares e principalmente, por exercerem o papel de meros cumpridores de tarefas, são chamados agora para uma nova missão, em face das profundas e radicais transformações pelas quais passam a sociedade e a escola.


Hoje, com a progressiva expansão da escolarização, percebe-se que, mais do que ser instruída por professores, a população precisa ser educada por educadores, compreendendo-se que todos os que têm presença permanente no ambiente escolar, em contato com os estudantes, são educadores, independentemente da função que exerçam.

Considerando a realidade do ensino atual, merendeiras precisam também cuidar da educação alimentar, bibliotecários, ajudar na construção do hábito da leitura e da educação literária, secretários devem colaborar com o processo avaliativo do ensino e da aprendizagem, configurando-se a instituição de novas identidades funcionais. Nesse sentido, no Brasil, onde os direitos referentes à igualdade, como ao sistema educacional, à saúde, habitação, trabalho digno e alimentação, parecem estar tão longe de serem garantidos no cotidiano da vida e das relações sociais, onde convencionamos a ver esses auxiliares apenas varrendo o nosso pátio, lavando a nossa sala, cozinhando , vigiando, pegando e entregando nossos filhos na porta do carro, todos os envolvidos nesse processo escolar tem um papel importantíssimo na formação do ser humano para a vida.

O monitor escolar

A Monitoria possibilita a experiência do cotidiano educacional promovendo a integração com alunos e professores, a participação em diversas funções e organização no setor.

Pode-se considerar que o monitor escolar tem como prioridade auxiliar os professores em sala de aula no acompanhamento e distribuição das tarefas, bem como: orientar os alunos juntamente com a professora quanto à higiene, lazer, vestuário, medicação, refeições e repouso; conduzir as crianças ao banheiro, dar banho caso necessário, escovação de dentes, fazer uso do sanitário, acompanhar diretamente essas atividades; manter as crianças sempre limpas e com roupas e calçados adequados a todas as situações; ajudar a servir a merenda ou lanche, e dar na boca quando for o caso; executar juntamente com a professora atividades recreativas, educacionais e ocupacionais com as crianças, bem como acompanhá-las em passeios fora da escola; informar a coordenação qualquer problema de saúde com as crianças para posterior atendimento médico; manter vigilância constante sobre as crianças, prevenindo acidentes que coloquem em risco a saúde e ou a vida das mesmas; garantir que todos tenham um comportamento adequado nos horários de refeições, fazendo com que tenham uma boa alimentação, que sentem corretamente em seus lugares e comam adequadamente; comunicar a coordenação qualquer irregularidade ou ocorrência com as crianças; manter-se ocupada com atividades em sala, no horário do repouso das crianças; deixar a sala de aula em ordem, após o término das atividades do dia; participar de eventos, palestras e treinamento sempre que solicitado pela chefia; executar outras atividades similares as acima descritas, a critério do seu chefe imediato; o ocupante do cargo é responsável pela guarda e manuseio do material da escola, que é usado em sala de aula ou fora dela.

A educação infantil e mesmo o trabalho desenvolvido com crianças pequenas exige que o monitor tenha a sensibilidade de se adequar aos conteúdos diversos do universo infantil até conhecimentos de áreas especificas e atualidades, além de ser necessário que estejam comprometidos com a prática educacional, capazes de responder às demandas familiares e das crianças, assim como às questões específicas relativas aos cuidados e aprendizagens infantis. É interessante que o monitor propicie a socialização das descobertas das crianças, isso ocorre quando se organiza as situações para que as crianças compartilhem as atividades, propiciando assim uma interação social.

Considerar que as crianças são diferentes entre si, necessita de uma educação baseada em condições de aprendizagem que respeitem suas necessidades e ritmos. Essas necessidades promovem avanços naquilo que a criança é capaz de realizar com a ajuda dos outros, ou seja, no seu desenvolvimento potencial.


O monitor e a indisciplina

No dicionário da língua portuguesa a palavra disciplina quer dizer ensino. Certamente a indisciplina de uma criança pode originar de alguns fatores, mas os pais podem perceber essa situação em seu inicio, não saber ou não conseguir dizer “não” ou “sim” na hora certa, a dificuldade em estar impondo limites, na ausência de procedimentos que gerem obediência, a indisciplina se instala.

Sobre a questão da disciplina GARCIA (2002) nos diz que:

A disciplina não pode ser trabalhada a partir de mecanismos de controle comportamental, tal fenômeno já foi superado, o que se propõe atualmente é trabalhar a indisciplina enquanto fenômeno de aprendizagem. Dessa forma o aluno considerado indisciplinado não o é somente por haver rompido com regras escolares, mas porque não está desenvolvendo suas possibilidades cognitivas atitudinais e morais.


Podemos perceber que crianças em idades diferentes apresentam diferentes comportamentos e manifestações de indisciplina. Uma criança até os sete anos tem uma atitude e reações indisciplinadas diferentes de um pré-adolescente ou de um adolescente. Dessa forma, caso essas manifestações não sejam corrigidas no momento certo o problema pode ser maior, tornando-se adultos agressivos e violentos. Precisa-se trabalhar visando não mais um tipo ideal de homem, mas trabalhar em vista do sentido da vida humana. (MEDINA, 2004 p; 27).

Somos sabedores que cuidar dos filhos não é uma tarefa muito fácil, e nem educá-los é fácil. Com o advento de diversos conceitos psicanalíticos e psicológicos, que ganharam força em meados da década de 1970, algumas famílias em sua educação familiar, deixaram questões de disciplina ausentes, como é o caso dos limites. Crianças e adolescentes que possuam um comportamento indisciplinado na escola, consideram que podem tudo a qualquer hora. Não serão disciplinados só com a educação escolar, é preciso que haja harmonia entre família e escola.

Crianças e adolescentes indisciplinados e sem limites em casa, alunos indisciplinados e sem limites na escola. Desta forma, a indisciplina nos dias atuais deve ser vista como um fenômeno interativo que ocorre no contexto de sala de aula (AMADO, 2001, p.17).

A disciplina na escola pode ser vista não apenas como repressiva, mas de forma a conduzir a criança para a sociedade, com suas responsabilidades e deveres, respeitando cada estágio da idade do aluno. Nesse sentido trabalhamos a partir de um enfoque positivo, reconhecendo que a educação dos filhos é uma tarefa difícil e complexa. Acreditamos que os pais conhecem melhor do que qualquer outra pessoa quais são as necessidades de seus filhos e que desejam o melhor para eles.

Sendo assim, a indisciplina escolar esta intimamente ligada a tudo que diz respeito ao ensino, aos objetivos, as prática e perspectivas que orientam, além dos condicionantes próprios da aula, da escola, da comunidade e do sistema. (AMADO, 2001 apud Oliveira, 2004, p. 45).


Brincadeiras de crianças

A brincadeira como recurso pedagógico tem sua complexidade, entretanto é através do brinquedo a criança inicia sua integração social: aprende a conviver com os outros, e situar-se frente ao mundo que a cerca. Com o tempo desenvolve jogos simbólicos, cria regras quando começam a socializar ou mesmo quando brincam sozinhas. Na brincadeira a criança cria normas e fundamentos que apenas tem significado naquela relação especifica, é o universo em que ela vive e explora e o adulto pode ter condições de conhecer melhor a criança e o seu estado de espírito. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação.

Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais. Conversar com o grupo infantil sobre os acidentes que ocorrem, onde, quando e porque ocorreram e o que podem fazer juntos para evitar que aconteçam novamente, são práticas educativas que vão gradativamente construindo com as crianças atitudes de respeito, cuidado e proteção com sua segurança e com a dos companheiros.

Nos últimos anos, muitas brincadeiras deixaram de ser praticadas devido a realidade em que o mundo esta vivendo, o ambiente da criança se modificou, e dessa forma as brincadeiras infantis estão sendo substituídas pela televisão, jogos eletrônicos individuais entre outros.

A brincadeira contribuirá para a aquisição de hábitos de disciplina, ordem, obediência, oportunizando à criança controlar seus impulsos.

O monitor tem o papel de intervir caso haja algum caso de conflito, ou uso incorreto dos brinquedos, aproveitando a curiosidade das crianças e desenvolvendo os cinco sentidos. Observar se todas crianças estão se divertindo, as que não estão e o porque, se os brinquedos são utilizados democraticamente. As observações atentas e gradativas deste profissional ampliam o conhecimento e a capacidade de entender a contribuição da brincadeira no desenvolvimento da criança.

A prática de atividades físicas mostra-nos que crianças, diante de certas ações, antecipam soluções, realizando gestos corporais. Descrevemos esse fenômeno na brincadeira de pular corda, realizada por crianças, observando os movimentos dos segmentos corporais em que os gestos antecipatórios mais se evidenciavam. Estudos sobre o desenvolvimento da inteligência infantil tomam, quase sempre, como referência, manifestações verbais e escritas. A questão central deste estudo é o desenvolvimento de procedimentos de investigação que viabilizem o estudo do desenvolvimento da inteligência, tomando como referência as manifestações motoras, neste caso, os gestos realizados pelos segmentos corporais.

Considerando os estudos de Jean Piaget e outros autores sobre o desenvolvimento da inteligência humana, atribuímos os gestos antecipatórios dos sujeitos desta pesquisa ao que Piaget chamou de abertura de possíveis, isto é, antes de realizar uma ação, o sujeito a torna possível, não importa se no plano intelectual, se no plano motor. Sujeitos entre 03 e 09 anos de idade foram filmados brincando de pular corda, e analisados. Os movimentos realizados pelos sujeitos foram descritos quantitativamente, por meio de análise cinemática tridimensional. Variáveis foram selecionadas de tal forma que permitiram a observação da correlação entre os movimentos da corda e os movimentos correspondentes dos membros superiores das crianças. A metodologia mostrou se eficaz, como instrumento de análise, e pôde ser aplicada na investigação do fenômeno das antecipações motoras.

Pular corda é um exercício intenso. Para quem está começando, uma boa dica é intercalar a atividade física com intervalos de descanso. Exemplo: pule 1-2 minutos e descanse 30 segundos. Aos poucos aumente o tempo de atividade e, por fim, elimine o descanso. Nas primeiras vezes, suas pernas e panturrilhas podem ficar um pouco doloridas. Não desista: alongue-se e aqueça-se bem antes de pular e feche o treino com um bom alongamento.

Com os dois pés: ambos os pés saem do chão e aterrissam juntos em uma volta da corda, não levante muito os calcanhares nem os joelhos para não causar impacto. Com pés alternados: é como trotar no lugar, mantenha a corda girando enquanto alterna os pés. Variação: fique duas ou três voltas numa só perna – isso o ajudará a acertar o “tempo” da corda. Com pés à frente: alterne as pernas, “chutando” a perna que está no ar à frente.

Depois que você dominar as técnicas básicas, pular corda se transforma num exercício de criatividade. Vale tudo: misturar diferentes movimentos de perna, alternar saltos, inventar novas formas de pular. Comece num ritmo leve para se aquecer e depois alterne intervalos mais rápidos e mais lentos, durante até 30 minutos.

O comprimento da corda é uma questão de gosto pessoal. Mas uma referencia geral é que ela deve ir, quando dobrada, do chão até a altura de suas axilas. Se a corda for muito longa, você terá mais trabalho para executar os movimentos; se for muito curta fará você tropeçar com mais freqüência. Existem cordas feitas de nylon, sisal, plástico e couro. As duas ultimas são as mais indicadas por serem mais pesadas e duráveis.

Observo de forma interessante às brincadeiras que já fizeram muitas crianças alegres no passado, que com o advento da tecnologia foi sendo esquecida pouco a pouco, e hoje são matérias de reportagens na mídia e diversão nas escolas onde ao invés de se isolarem na individualidade de seu computador com bate-papos virtuais, jogos, relacionamentos entre outros, as crianças na brincadeira de pular corda precisam indispensavelmente de três ou mais pessoas, instigando assim o relacionamento, a atividade física e a cooperação entre os participantes. Nas atividades escolares, culturais e esportivas o aluno organiza seu sistema de valores que influencia e são influenciados pelo ambiente.

A construção do espaço é social, e o ser humano por sua capacidade de criar usando o raciocínio, a linguagem e os objetos desse espaço, assimila diferentes culturas oferecendo oportunidades para que, dentro desse contexto, haja aprendizagem e interação. Para a criança ou adolescente, a organização do espaço por eles mesmos estimula a curiosidade, a intelectualidade, bem como formar idéias sobre a realidade que os cercam. PARRAT (2008, p.40), afirma que:

Aprender a participar numa discussão ou realizar uma tarefa coletiva que exige competências intelectuais leva o aluno a pensar por ele próprio e a tomar decisões. Além do mais, o aluno se inicia no exercício das regras sociais que o guiarão na aprendizagem da cidadania.
A realidade na Escola Adventista no que se refere às brincadeiras não é diferente, afinal a brincadeira é parte do universo que as crianças conhecem bem, ali começa o pensamento criativo, o desenvolvimento imaginário, emocional e social. A brincadeira de pular corda é praticada por muitos alunos da escola, a atividade começou aos poucos e com o tempo o número de candidatos foi aumentando o que favoreceu para a disciplina nos fins de turno. Para eles não existe um horário para essa brincadeira, estão dispostos a brincar em qualquer momento, na entrada, no recreio ou na hora da saída.

Procuro utilizar essa brincadeira como forma de estimular a disciplina. No começo das aulas não é indicado e nem praticado o pula-corda, pois os alunos entrariam suados na sala de aula, no intervalo procuramos orienta-los a consumir seu lanche de preferência. Considero que no término das aulas é o horário mais indicado para que a brincadeira seja praticada, pois além dos alunos estarem se divertindo é o momento em que eles podem extravasar toda a tensão do dia enquanto esperam o transporte para casa. As crianças ficam entretidas na brincadeira evitando assim que se machuquem enquanto esperam os pais, anteriormente verificávamos que muitos meninos ficavam brincando de futebol com objetos inadequados como garrafas de refrigerante. As meninas também ficavam inquietas correndo uma atrás da outra, com meninos puxando cabelo, sempre acarretando algum tipo de desentendimento.

Com o pula corda as meninas e os meninos podem praticar juntos, havendo interação monitorada, para que seja obedecido o limite individual de cada um, pois cada aluno possui sua identidade própria, suas dificuldades e por isso está sujeito a comparações, neste momento o pular corda não tem outro fim que não seja para a diversão e interação, monitores podem ajudar a revelar mais sobre a natureza e extensão das dificuldades das crianças com seus grupos. Como são muitos alunos querendo brincar é necessário que se forme fila obedecendo a vez de cada participante, a disciplina na fila, o respeito ao colega e a cooperação, são valores importantes que podem ser estimulados em uma brincadeira e contribuem para a formação do individuo.

Na brincadeira os alunos poderão reconhecer a existência de elementos rítmicos e expressivos praticando, a possibilidade de variações e adaptações nas regras originais de uma brincadeira, realizar atividade física como saltar com um e dois pés, agachar, girar e equilibrar-se, aproveitando ainda as suas relações com o ritmo em que esses movimentos são executados, construir seqüências de movimentos levando em conta os seus limites corporais e os dos colegas.

O local para pratica da brincadeira é o pátio central da Escola Adventista Centro América, aproveitando o espaço que conta com toldo na área central, assentos e bebedouros, os alunos podem brincar e descansar sem aquela aglomeração de alunos em frente da escola, e ilimina possíveis conflitos que costumam acontecer na saída dos estudantes. Música é uma ótima companheira para os treinos de corda. Ela anima e ajuda a manter-se no ritmo. Para a prática da brincadeira podemos utilizar músicas infantis que os alunos mesmo cantam quando pulam, as mais cantadas são “quantos anos você tem” que vai do 0 até 20 , “salada, saladinha, temperada na cozinha, sal, pimenta, fogo, foguinho, fogão”, nessa cantiga o aluno que está batendo corda vai acelerando o ritmo conforme a música vai repetindo, assim dificilmente algum aluno permanece pulando sem errar, possibilitando que outra criança entre no lugar da que errou.

Outras cantigas como “qual a nota do seu boletim” e “o homem bateu na minha porta e eu abri, senhora e senhores pulem de um pé só, senhoras e senhores de uma rodadinha, senhoras e senhores de uma mão no chão, e vá pro olho da rua”. Vejo que essa brincadeira é saudável e sem limite de idade, alunos do 1° ao 6º ano interagem, os alunos maiores até ensinam os menores a pular.


Considerações finais

No decorrer do artigo abordamos a questão da indisciplina, fator esse que continua sendo problemático em todo processo pedagógico. Fatores familiares, culturais e sociais evidenciam na realidade escolar, onde muitos pais consideram esta, a grande responsável pela disciplina dos filhos. Certamente um trabalho em conjunto, onde a família e a escola atuem em um mesmo propósito o resultado será favorável a uma melhor formação social. Nesse sentido evidencio a brincadeira de pular corda, dentro de toda estrutura educacional da escola, uma ferramenta suporte para estimular o desenvolvimento infantil e a aprendizagem no contexto escolar, onde a possibilidade de introduzir e desenvolver a idéia de diversificação e transformação de estruturas lúdicas convencionais contribua para uma disciplina desejável.


Referências Bibliográficas

AMADO, J.S. Interação pedagógica e indisciplina na aula. Porto: Asa, 2001.

GARCIA, J. Indisciplina na escola: alguns aspectos críticos para a gestão educativa. In. CONGRESSO LATINOAMERICANO DE ADMINISTRACION DE LA EDUCACION, 6, Universidade Católica do Chile, Santiago, 2 e 3 de maio 2002.

MEDINA, A. S. Supervisor Escolar, parceiro político-pedagógico do professor. In: RANGEL, M, Silva; JUNIOR, C. A (Orgs). Nove olhares sobre a supervisão. 10 ed. Campinas: Papirus, 2004.

DORIN, Lannoy. Psicologia da criança. São Paulo: Ed. do Brasil, 1978.

PARRAT, D, Silva. Como enfrentar a indisciplina na escola. São Paulo: Contexto, 2008.

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